Biography
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Júlia Barroso
Real name: Maria Júlia Conde Barroso Xara-Brasil
Effective period / Period of releases: 1992
Júlia BarrosoNome completo Maria Júlia Conde Barroso Xara-Brasil
Nascimento 11 de Agosto de 1930
Lagos
Morte 23 de novembro de 1996 (66 anos)
Lisboa
Nacionalidade Portugal portuguesa
Progenitores Mãe: Helena da Conceição Conde Barroso
Pai: Joaquim Cabedo Barroso
Parentesco José da Conceição Conde
Cônjuge João José Pinho Xara-Brasil
Ocupação Atriz, cantora e professora
Principais trabalhos "Os Maiores Sucessos de Júlia Barroso"
Prémios 2.º prémio no concurso "Melhor Artista" de 1950
Nomeação como "Rainha da Rádio" em 1951
Cargo Professora de Educação Doméstica e Trabalhos Manuais
Carreira musical
Período musical 1948-1958
Desde muito nova que se revelou a sua aptidão para o canto, tendo-se manifestado em público, aos 4 anos, num casamento, e, quando tinha 11 anos, cantou numa festa teatral do Clube Artístico Lacobrigense, por exortação do encenador Sebastião Murtinheira.1
Com 15 anos de idade, muda-se para Lisboa, junto com os pais e os irmãos.1
Por incentivo da sua família, especialmente o seu irmão, entrou no Centro de Preparação de Artistas da Rádio; conseguiu ser escolhida em todas as provas, tornando-se, em 1948, numa artista da Emissora Nacional.1 Nesta altura, não cantava só em estúdios, participando nos Serões dos Trabalhadores, espectáculos produzidos em Lisboa e em cidades de província; foi num destes eventos, realizado em Setúbal, que foi convidada por Eugénio Salvador para entrar na revista "Ela aí Está".2 A peça foi realizada no dia 9 de Dezembro de 1949, tendo a participação de Júlia Barroso sido muito bem recebida, especialmente a interpretação da canção "Adeus".3
Em 1950, num concurso radiofónico organizado pela revista Flama, Júlia Barroso classifica-se em segundo lugar na categoria de melhor artista, atrás de Amália Rodrigues.3 No ano seguinte, numa iniciativa também da revista Flama, é eleita como a primeira Rainha da Rádio Portuguesa, tendo a cerimónia de coroação tido lugar no Pavilhão dos Desportos, em 16 de Junho.3 Naquela qualidade, deslocou-se a Paris e a Londres, tendo sido entrevistada, na capital francesa, pela divisão portuguesa da Rádio Française; canta, igualmente, na televisão, e participa na Kermesse aux Etolles, aonde interpreta a canção Descendous aux Etoiles, que tinha sido escrita para este evento.4 Em Londres, cumpre num vasto programa cultural, que incluiu a sua entrevista pela BBC.4
Realiza vários espectáculos em Lisboa e na província, que foram recebidas pelo público, e continua a cantar na rádio; rejeitou os convites para se deslocar aos Estados Unidos da América e a Brasil, mas faz uma digressão em Angola.4 Na Emissora Nacional, participava no programa "Fados por Júlia Barroso".5
Em 1954, voltou ao teatro, na revista "Mãos ao Ar", no Teatro Apolo.4
Celebrizou-se, igualmente, pela sua carreira no cinema, tendo participado, entre 1950 e 1951 nas filmagens da longa metragem "O Comissário de Polícia", realizada por Constantino Esteves, e que se estreou em 1953.4 Ainda em 1951, Júlia Barroso filma o documentário "Canção de Embalar", realizado por Silva Brandão.4 Também cantou no filme "A Garça e a Serpente", de Artur Duarte, que estreou em 1952, e colaborou no documentário Mar Português, de João Mendes.4
Vários artistas conceituados da época redigiram as letras para as suas canções, destacando-se os nomes de Sebastião Murtinheira, Jerónimo Bragança, e Hernâni Correia; Júlia Barroso também escreveu algumas das letras.3 Interpretou, igualmente, várias das músicas de compositores famosos, como Raul Ferrão, Anatólio Falé ou Tavares Belo.3 Gravou, igualmente, vários discos, que amontam a cerca de quarenta canções.4
Após comunicar as suas intenções de abandonar a carreira artística em várias entrevistas, foi organizada uma cerimónia de despedida, ocorrida no Cinema Império de Lisboa, no dia 15 de Abril de 1958.5