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Põe um bocadinho + alto by Pilar

Artists


Album Info

Release Date: 2003

Label: Zona Música

Ao quinto disco da sua carreira cheia de idas e vindas, Pilar Homem de Melo alcança o que sempre almejou – reunir ao redor das suas canções letristas, arranjadores, músicos que compreendam a sua forma tão particular de estar na música. Os cúmplices neste “Põe um bocadinho mais alto” vão de Mourah, que arranjou e produziu o single “Luz acesa”, uma homenagem descarada a Caetano Veloso de quem Pilar também interpreta “Alguém cantando” até aos Tjak em “Se voares mais alto” e “Avé lua”; de Alexandre Cortês em “Adormecer” e “Na hora em que pedes bis” a João Roquette em “Canção triste”; de Augusto Sanches em “Grafitti” e “Diadorim” até Nuno Rafael, Serginho e João Cardoso em “A meio caminho” e “The end” canção que António Pires, no jornal Blitz disse ser “um tema divertidíssimo em que só o sotaque brasileiro permite que as frases em português e inglês rimem tão bem”.
Aliás, este é um disco onde Pilar resgata e faz as pazes com o seu passado integrando os seus anos de adolescência passados no Brasil cantando com sotaque carioca em “The end”, falando de Diadorim – o famoso herói/heroína de Guimarães Rosa, cantando uma canção de Caetano, falando de Ipanema e de Rita Lee
A parceria com o poeta Tiago Torres da Silva, parceria que já rendeu mais de três dezenas de canções, alcança aqui o momento mais alto de interacção entre música e letra, principalmente em “A meio caminho” que Pilar afirma ser o seu melhor retrato e na divertida “Luz acesa” onde a cantora canta “Mas se tens uma dor sou aspirina/ água fresca/ vitamina/ sou menina ”.
O título “Põe um bocadinho mais alto” pretende ser um trocadilho bem humorado entre o volume em que Pilar gosta de escutar a sua música e um apelo a que tudo no mundo seja posto um bocadinho mais alto, não só na música como nas consciências e nos corações.
Não abandonando o registo poético e onírico com que nos tem habituado (bastante explícito em “Diadorim” e “Adormecer”) Pilar regressa com a aposta forte de nos dar a conhecer a sua visão de uma sociedade à deriva; a visão de uma mulher de poucas palavras que ainda acredita que a música pode despertar as consciências...
... porque ela vive “a meio caminho entre Marte e Lisboa/a bordo de um vaivém ou nua numa canoa (...) num ponto equidistante entre Cristo e Gandhi/nem sempre Bethoveen e nem sempre Rita Lee”.